um tálamo de escravos, mãos amputadas, algemadas, caligenas.
-que há de estranho em nós?
-é porque eu não discordo de você
jamais discordaria
ser-me-ia impossível discordar em um ato proporcional-não há de se preocupar; eu o permito agir desproporcionalmente
-ora, não és tu que me proíbe ou permite
eis que o senhor de minhas leis sou eu mesmo
e muito mais severo
-e a quem estas leis protegem?
protegem a mim ou a ti?
e se te protegem,
te protegem de mim ou de ti?
-não protegem, cultuam!
cultuam alguma dignidade, e também desdém
eu diria com honestidade que é como um choro de fogo
queimar-se-iam em seu derrame meus olhos e os teus
-não cultuam, cultivam!
cultivam senão teu jardim de narcisos
não plantas coisas novas, apenas regas as tuas regras
dia após dia, tua semente de idolatria
-há de se concordar com isso
e não tocarás no meu rio de fogo
que é a alcova da beleza, eu o proíbo para ti
com as mesmas leis que te protegem
de mim ou de ti,
ou a mim, de ti ou de mim
que é a alcova da beleza, eu o proíbo para ti
com as mesmas leis que te protegem
de mim ou de ti,
ou a mim, de ti ou de mim
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