quinta-feira, novembro 26, 2015

EN - beauty

Tu vês metade da lua, ela é crescente, e um dos planetas,
talvez Saturno, talvez Júpiter, ao entardecer no céu de BH,
através das janelas de um ônibus, perto do palácio das artes.

Tu pensas: Isso é beleza!

Não, isso não é beleza, talvez não, talvez seja, é o resto disso,
talvez não, talvez, o resto da beleza,
talvez não, talvez, o que sobra da beleza,
talvez não, talvez, o que é visível, certamente incerto.

Ao chamares o ônibus, teu braço não conseguiria se esticar
o quão longe era necessário para performar um gesto
que fosse adeqüado para a beleza
(tu sabes disso, não sabes?)

Então,
a beleza permanece nas impossibilidades do corpo.