EN - beauty
Tu vês metade da lua, ela é crescente, e um dos planetas,
talvez Saturno, talvez Júpiter, ao entardecer no céu de BH,
através das janelas de um ônibus, perto do palácio das artes.
Tu pensas: Isso é beleza!
Não, isso não é beleza, talvez não, talvez seja, é o resto disso,
talvez não, talvez, o resto da beleza,
talvez não, talvez, o que sobra da beleza,
talvez não, talvez, o que é visível, certamente incerto.
Ao chamares o ônibus, teu braço não conseguiria se esticar
o quão longe era necessário para performar um gesto
que fosse adeqüado para a beleza
(tu sabes disso, não sabes?)
Então,
a beleza permanece nas impossibilidades do corpo.
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