Estereótipos

Estereótipos são úteis. Dá pra fazer músicas, filmes e livros inteirinhos sobre isso. Estereótipos são praticamente maravilhosos, na verdade.


Existem aqueles mais comuns, como "emo", "punk", "metaleiro", "patty", "boy" e "indie" (ser rotulado como algo cuja palavra de definição foi originária em outra cultura, será que há algo de errado nisso?). Existem estereótipos mais raros também, como "expressionista", "niilista", "existencialista" (pelo menos para esses, alguém se deu ao trabalho de arranjar uma palavra em nossa própria língüa).

Estereótipos são bons para que um homem crie uma imagem parecida com o que é de fato, na mente de outro homem. Como em:

- Jefferson Airplane? O que é isso?
- É uma banda antiga de rock psicodélico.
- Deve ser bom, me empresta esse cd?
- Claro, Gertrudes.

Gertrudes não sabe como é a banda, e nem tem como saber, pois não era essa a intenção do orador. Porém, Gertrudes agora imagina como aquilo soa, e se interessou em escutar.

Estereótipos não servem como explicações, servem como imagens. Isso nos leva a uma coisa bem legal:

Joaquim: Não sei, cara, ela tava lá com a Joana.
Uluru .: Quem é Joana?
Joaquim: É uma emo aí.
Uluru .: Ah sim, continua.

Joaquim estereotipou Joana como "uma emo aí". Isso foi o suficiente para o entendimento da outra pessoa, pois "é uma emo aí" mostra que é só alguém, sem relevância para o assunto, cuja aparência se assemelha àquela dos ditos "emos".

Isso mostra o quão sem sentido é a pergunta "O que é um emo?".

Depende das pessoas que estão se comunicando. Para Joaquim e Uluru ., emo, naquele momento específico, foi uma palavra adequada para descrever Joana. Joaquim só teve contato visual com Joana, por isso só pode descrever a aparência da mesma.

Mas entre duas outras pessoas, emo pode ser outra coisa. Depende dos sujeitos, pois a palavra não tem um significado próprio.




E o estereótipo "homem"?
O que seria da filosofia sem esse estereótipo?



Que post sujo, ainda não me acostumei com a idéia de que alguém vai ler isso.