Brida e Esperança
Ao final de 2005 (período poetozóico), eis que surge algo aproveitável:
Brida e Esperança
Na casa demente
De Tomas da Brida
O guerreiro da vida
É um Homem-Troféu
Na casa funesta
De Laura Esperança
Matava crianças
Caídas do céu
Cuidado sortudo
Em cima do muro
Se falas de cruzes
Pois falas demais!
Assiste, contente
Seu ideal vigente
A deixar saudades
De um bom rapaz!
Menina-Censura
Se levas a surra
Devolve em usura
Ao seu capataz!
Mestra dos gracejos
Vista em desejos
Transforma em avessos
Os homens de paz!
Enfim ele diz que te ama!
Você o engana e o deixa pra traz
No leito de morte ele conta com a sorte
Mas vê no teu olho um brilho fugaz
Veloz e certeira, dizes sorrateira
Um rubro "Eu te amo", como um satanás!
E Tomas da Brida
Exposta a ferida
Sangrada de briga
Morre, audaz
Tomás das rédeas percebe o quanto sua luta, que o marcou durante toda a sua vida, foi vã, e essa é sua maior ferida, cuja dimensão só pôde ser vista em seu leito de morte. A audácia da morte vem devido à ousadia de seu julgamento final sobre Laura Esperança (e a sagacidade de percebê-lo), enxergando-a tenebrosa e de caráter hediondo.
(uma merda, mas uma merda nostálgica)
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