quarta-feira, maio 23, 2012

Se eu tivesse que chutar, diria que a tua palavra favorita é OJERIZA

Tua única dúvida durante todo o sermão foi o significado da palavra volição, tua única dúvida não é outra coisa senão a tua própria paixão. Cambaleias os números de recipientes cervejísticos a trazer, é para garantir que não vai faltar vírgula risada, cerveja, risada, na verdade liga. Não vai faltar liga não, pode ter certeza, esse neguinho é brabo pra porra, te derruba que nem alguma descrição surreal-junkie que eu faria ótima, mas nem farei. Não te preocupas com quantos çucos de ssevada tu trouxeste, não é tão importante assim, não vai te deixar tão mais bêbo (tu já estás até bem bêbo, falando nisso), não vai salvar tua noite, enfim, não faz diferença. Mas tu és um cúpreso, como descobriu-se femininamente uma era atrás, um legítimo nativo da Cuprésia, original e reminiscente¹.

É um truque, isso tudo de cúpreso e Cuprésia, porque na verdade tu não és isso, ou és, mas essa palavra da tua boca não diz a mesma coisa que a mesma palavra na boca dela². Mas não adianta te dizer essas coisas, porque 1. tu já estás careca de saber e 2. tu és refém desse tipo de jogo linguístico. Ele gera em ti uma pergunta que tu não podes responder. Ele gera em ti uma dúvida que é como um buraco (daqueles do Mario [que Mario?]) que tu tentas pular³, e tu sabes que é fácil, mas o impedimento é de uma ordem divina e insuperável, e tu cais no buraco (significa que o jogo de linguagem supracitado consegue te angustiar mesmo que tu tenhas razões lúcidas e coerentes para tranquilizar-te). Tu sempre cais e eu sempre porto, nós sempre de marinheiro.

¹Cúpreso e Cuprésia são vendidos separadamente, cúpreso não se movimenta sozinho.
²Ela: pretérita presença feminina descobridora.
³Consideremos que você tenha super-jump (assim como o Mario [ê]) e possa pular pelo buraco sem muita dificuldade.