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tantas vezes eu soltei; foguete; imaginando que você já vinha; ficava cá no meu canto; calado; ouvindo a barulheira que a saudade tinha.
senti na pele a mão do teu afeto; a brisa veio feito cana mole; doce, me roubou um beijo; flor de querer bem; tanta lembrança esse carinho trouxe; um beijo vale pelo que contém.
tantas vezes eu soltei; foguete; imaginando que você já vinha; ficava cá no meu canto; calado; ouvindo a barulheira que a saudade tinha.
tirei a renda da naftalina; forrei cama, cobri mesa; fiz uma cortina; varri a casa com vassoura fina.
você chegou no amiudar do dia; eu nunca mais senti tanta alegria; se eu soubesse soltava foguete; acendia uma fogueira; enchia o céu de balão.
nosso amor é tão bonito, tão sincero; feito festa de são joão; nosso amor é tão bonito, tão sincero; feito festa de são joão.
nos muros cobertos de folhas; lugares adormecidos pelo tempo; em outras passagens dessa vida; quando tiver mais coisas pra dizer; eu vou te encontrar nas torres de cento e trinta andares; por trás das malhas de vidro; caindo no esquecimento; num futuro que eu não sei se haverá; vou te escutar; nas finas antenas de metal; vou ver teus desenhos no jornal; um rosto distante se apagando; no meio da multidão.
vou te escutar nas finas antenas de metal, vou ver teus desenhos no jornal, um rosto distante se apagando, no meio da multidão.
a vida era, por um momento
não era dada, era emprestada
tudo é testamento
a vida era, por um momento
não era dada, era emprestada
tudo é testamento
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