domingo, dezembro 31, 2006

Que bando de filhos da puta

Eu acho que eu tô ficando meio doido.


Por falar nisso, os filósofos são um bando de filhos da puta.
Filósofo é o tipo de cara que é leigo em tudo, aí ele vai lá e destrói e/ou muda os conceitos, para que se adaptem ao vagabundismo dele.

Se bem que há filha-da-putismo em tudo, e hoje eu falei dos filósofos, porque sou um filho da puta.


Quem comentar primeiro é filho da puta.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Maravilhosos Planos A e B

Quando você faz um plano, ele é chamado Plano A, e quando você cria um Plano A, você deve criar um Plano B, porque o Plano A vai dar errado.

O Plano A não é apenas vulnerável, ele está fadado ao fracasso, pois para isso servem planos, para dar errado. Se eles dessem certo, não seria preciso fazer planos.

O Plano B é sempre infalível pois é para isso que ele é criado. O Plano B jamais é usado, pois ele não serve pra isso. A existência dele tem apenas uma razão; existir. O Plano B é infalível porque nunca é usado, se ele fosse usado, então não seria infalível, e se um plano não é infalível, então não é um Plano B, e sim um Plano A.

Enquanto uma pessoa tiver um Plano B, ela não precisa se preocupar com o inevitável fracasso do Plano A, pois ela tem um Plano B.

Se for preciso usar o Plano B, então ele, na verdade, é o Plano A, e o Plano B que você bolou era apenas uma extensão do Plano A. Nesse caso, planeje imediatamente um Plano B, antes que o Plano A dê errado.

Nunca confie no Plano A, mas sempre confie no Plano B. Se você confiar no Plano B, então não será preciso se preocupar com o Plano A, pois você tem o Plano B para qualquer eventual fracasso.

E lembre-se: o Plano B não é um plano reserva para o caso do Plano A fracassar, o Plano B é o que você acredita, é a sua liberdade. Ele é infalível, e nunca será usado, pois o Plano A serve pra ser usado, enquanto o Plano B serve somente para existir.

Quanto mais completo, complexo e confiável for o seu Plano B, mais livre você é, pois você poderá usar qualquer coisa como Plano A, por mais absurda que pareça.

I'm too drunk to fuck

Penso em mudar o nome disso de "hajanelas" para "planob", assim como o título e/ou a descrição. Também penso em mudar o meu maravilhoso pseudônimo, que, apesar de maravilhoso, já deu no saco.

Possivelmente colocaria algo relativo a:

Bucaresti
O maravilhoso Latim Eslavo

Sei lá, de todos os meus pensamentos, só tem uma Zarabatana na minha cabeça.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Oscar Wilde

O artista é o criador de coisas belas.
O objectivo da arte é revelar a arte e ocultar o artista.
O crítico é aquele que sabe traduzir de outro modo ou para
um novo material a sua impressão das coisas belas.
A mais elevada, tal como a mais rasteira, forma de crítica é
um modo de autobiografia.
Os que encontram significações torpes nas coisas belas são
corruptos sem sedução, o que é um defeito.
Os que encontram significações belas nas coisas belas são os
cultos, Para esses há esperança.
Eleitos são aqueles para quem as coisas belas apenas
significam Beleza.
Um livro moral ou imoral é coisa que não existe. Os livros
são bem escritos, ou mal escritos. E é tudo.
A aversão do século XIX pelo Realismo é a fúria de Caliban
ao ver a sua cara ao espelho.
A aversão do século XIX pelo Romantismo é a queixa de
Caliban por não ver a sua cara ao espelho.
A vida moral do homem faz parte dos temas tratados pelo
artista, mas a moralidade da arte consiste no uso perfeito de
um meio imperfeito. Nenhum artista quer demonstrar coisa
alguma. Até as verdades podem ser demonstradas.
Nenhum artista tem simpatias éticas. Uma simpatia ética num
artista é um maneirismo de estilo imperdoável.
Um artista nunca é mórbido. O artista pode exprimir tudo.
Sob o ponto de vista da forma, a arte do músico é o modelo
de todas as artes. Sob o ponto de vista do sentimento, é a
profissão de actor o modelo.
Toda a arte é, ao mesmo tempo, superfície e símbolo. Os que
penetram para além da superfície, fazem-no a expensas suas. Os
que lêem o símbolo, fazem-no a expensas suas.
O que a arte realmente espelha é o espectador, não a vida.
A diversidade de opiniões sobre uma obra de arte revela que
a obra é nova, complexa e vital.
Quando os críticos divergem, o artista está em consonância
consigo mesmo.
Podemos perdoar a um homem que faça alguma coisa útil,
contanto que a não admire. A única justificação para uma coisa
inútil é que ela seja profundamente admirada.
Toda a arte é completamente inútil.