domingo, dezembro 19, 2010

Dor de barriga (a chegada dos penetras ao quinzola de Maria Histriônica)

Há de me acordar, o
meu não-aniversário, que me chama pelo nome e diz parabéns

Por este dia comum, agradeço, alheio ao meu cronograma, Bom(,) deus, obrigado
Questionar-me-ei quando pensar que isto seja bonito
E que isto seja feio, mas aceito. Há de se aceitar, eventualmente, que eventualmente o feio encerra as congratulações

Também, hoje, há de me permitir o sono, os
meus parabéns.
Não acordei, não quero, não gosto, não durmo, não sonho, não penso, despenso, anti-penso;
é o que peço a meus desconvidados (em meus dessonhos)

Entre chorar e morrer, envelheci sem querer

Dos vícios, o tempo
Dois vícios ao mesmo tempo
Concomitantes são os outros
Narcísicos somos nós
Ao-Mesmo-Tempo e Ao-Menos-Um casados na catedral dialética
Os aniversários de Édipo e Narciso no mesmo dia
não necessariamente juntos; não-juntos; anti-necessários. Pelo menos um no mesmo dia que o outro, é o mínimo.

É tudo o que importa, mas pouco me importa tudo
importa-me qualquer coisa, como o aniversário da mãe
e que comem-se mães em aniversários, e come-se bolo
para dormir com dor de barriga
e eis que isso resume toda a vida.