quinta-feira, agosto 24, 2006

O que seria do arco íris se não fosse o pote de ouro?

terça-feira, agosto 15, 2006

Existe o caos, existe a ordem. Existe o caos?

O Mito do Merecimento

Merecimento é um conceito de risco. Expõem-se ao erro todos aqueles que o usam.

Merecimento é algo que dá sentido à maneira de conduzir uma vida, ou mesmo qualquer coisa. Espera-se um pote de ouro no final do arco-íris, ou então nada faria sentido.

"Fui um trabalhador dedicado e honesto, mereço uma velhice justa". Merece segundo quem ou o que? Por que merece (vírgula) por que merece? Como se pode medir o que essa pessoa fez, e o que ela merece por te-lo feito? Não há como medir tais coisas, como classificar o que é merecido ou não.

Por que agir cordialmente durante toda a vida? Para ter gente ao lado durante a velhice. Por que pedir para o professor corrigir o ponto dado a mais? Para ter seu respeito e sua honestidade reconhecida. Tudo isso é feito para merecer algo, porém, nada disso é merecimento. Ter gente ao lado na velhice é uma consequencia do comportamento cordial na juventude, ter sua honestidade reconhecida pelo professor é uma consequência de ser honesto. Há uma enorme diferença.

Universalmente, não há mérito em ser honesto, nem há vantagem em ter gente ao lado quando velho. São consequências, reações da natureza e do meio às atitudes de alguém. Age-se sempre visando o merecimento, porém, isso não existe.

Só o que existe são consequências, reações, e essas nem sempre são da forma que se espera, ou que se quer.

Existe loucura, existe sanidade. Existe loucura?

Existe confusão, existe lógica. Existe confusão?

sábado, agosto 12, 2006

O Perigo da Bondade

Toda bondade é muito perigosa. Por tudo ser relativo, não há uma bondade absoluta, mas há uma, que, segundo as condições do meio mundial (praticamente), serve muito bem aos propósitos duvidosos de gente como eu, e é essa que eu pego agora como alvo, quer dizer, tema x}

É preciso temer a bondade assim como se teme a maldade, pois elas são a mesma coisa, em situações diferentes. Não se trata de pessoas diferentes, interpretações diferentes, percepções diferentes, óticas diferentes, só o que muda para transformar a bondade em maldade é a situação.

Pego como exemplo a gratidão e a vingança (classificarei tais coisas como sentimento, muito embora hajam definições melhores que não me tocam a memória agora). Gratidão e vingança são o mesmo sentimento, em situações diferentes. Pela nossa moral, aprende-se que não se deve guardar rancor, não se deve ser vingativo, pois isso iria de encontro à definida bondade, porém, deve-se ser sempre grato aos outros, e retribuir sempre que possível. Isso é balela.

As coisas acima citadas são todas reações provocadas por ações originais externas. Defino como ações originais externas qualquer coisa feita por alguém que tenha esse tipo de influência no ser em questão.

Na sociedade ideal não há retribuição, nem de coisas agradáveis, de de coisas desagradáveis. Não devo retribuir uma cortesia, pois foi o autor dela que escolheu fazer, ele poderia não ter feito, mas resolveu fazer, não há obrigações envolvidas. Assim como não devo retribuir uma agressão, não devo me vingar, pois não ganharei nada com isso. Existe o prazer na vingança, é gratificante como receber um salário, é verdade, mas os viventes ideais da sociedade ideal não sentirão prazer nisso, assim como não verão sentido nisso.

Isso é o equilíbrio.

Quanto melhor for uma pessoa, pior ela é. Ela é boa, e por isso ela é má.