domingo, junho 15, 2008

Vocacional

Então houve um teste para saber que curso escolher. No teste, havia uma onda assim:

1 - Você...
a) Acredita no que é certo e concreto.
b) Acredita na inspiração e na intuição.

Gostar do que é certo e concreto levaria para ciencias exatas, e acreditar na intuição e inspiração te levaria para as humanas. Essa é a lógica, certo? Só que filosofia não tem inspiração e intuição, tem certo e concreto e só, porque é rigorosa. Além disso, todos os professores de matemática e física que eu conheci acreditam em inspiração e intuição, assim como os wanna-be poetas (tipo eu, quando tinha sentimentos) e isso é porque as ciências exatas são ciências propriemente ditas, no sentido de conhecimentos humanos verdadeiros, enquanto as humanas não, são só coisas que se aprende a fazer. Quem passar a vida estudando matemática ou física vai começar a se questionar sobre determinados assuntos e não vai obter resposta no seu campo, tendo que procurar sozinho. Essa busca normalmente leva à resposta b, pois é feita sem rigor e método. Por outro lado, quem passa a vida estudando os conceitos criados pelos físicos e matemáticos tem que ter rigor e método, porque rigor e método são a essência da filosofia acadêmica ocidental, e ter rigor e método implica preferência por coisas certas e concretas.

Parece que o certo é sempre inverso ao óbvio, mas isso também é mito, porque é tudo muito fácil.

Saber que não sou nada é o começo de tudo.
Achar que sou alguma coisa por saber que não sou nada não é, efetivamente, saber que não sou nada.
Saiba que tu não és nada, exatamente igual a quem não sabe, e saiba que tu não te tornas nada por saber disso.