domingo, junho 24, 2012

"mas no final das contas é aquela coisa mesmo: um homem sozinho, consigo, pensando sobre algo triste doloroso sobre o qual não entende direito, sobre o qual não sabe falar direito..."

segunda-feira, junho 18, 2012

O coeficiente de efeito "e ainda me compra bolsas" é igual a [(b+1=c)(b-1=a)]. Agora você sabe o porquê.

Se:
1a. Não se pode xingar aquele que o provê materialmente.
2b. Àquele que o provê materialmente, é concedida imunidade crítica em questões de ética e conduta.
3c. A mensagem toda refere-se aos residentes da casa, mais especificamente, a nós dois. E sugere que eu saia de casa e pague minhas contas. Na verdade convida.

Então:
4a. Poderei eu, por direito adquirido, no dia em que não demandar mais recursos materiais teus, te xingar e te desrespeitar, à minha vontade?
5b. Admiração, ética, reputação, amor, etc são entes perfeitamente intercambiáveis com recursos materiais? Pergunto-me se, que engraçado, seriam proporcionais.
6c. No dia em que eu finalmente sair de tua majestosa residência lusitana e começar a pagar minhas exorbitantes contas, não haverá mais necessidade de laço nenhum entre nós, afeto nenhum, preocupação nenhuma?

Contudo, antecipo:
7a. Não, e eu não faria isso, nem se pudesse, o que sugere que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Mas só sugere, eu tô ligado.
8b. Acho que não são proporcionais, rárá, mas demi, e não são intercambiáveis. Que eu saiba, até agora não se compra elemento, só átomo, mas demi também, né, pelo jeito isso pra ti depende do preço. Ou então eu não sei de muitas coisas, poderia ser e seria preferível; antes não saber nada de nada do que pensar em ti como o grande charlatão desonesto que tu és.
9c. Haverá afeto, mesmo quando for tua vez de morar e precisar de minhas ingratas dependências aspas turcas. E quando isso acontecer, eu duvido que ainda dê tempo de poderes descobrir, espontaneamente ou não, a diferença entre um fenício e um turco. Com o passar do tempo, torna-se cada vez mais sábio que tu me ajudes a esquecer desse fato (o 3c;6c;9c), em vez de lembrar-me dele todo dia.



Na tua língüa, ou antes fosse:

           c        b     a
           3        2     1

           6        5     4

           9        8     7


 1+4+7=  12              2+1= 3        2-1= 1
 2+5+8=  15              5+1= 6        5-1= 4
 3+6+9=  18              8+1= 9        8-1= 7

[ a + b + c = ( b + 10 ) ]  x  [ ( b + 1 = c )  x  ( b - 1 = a ) ] = 0

zero, por isso criptografo aqui, porque aqui tu nunca investigarás, porque pouco te importa tudo isso mesmo, te importa muito mais o pouco que eu te dou, sem significado nenhum, todo enrolado, embromado e amarrotado, só pra eu me livrar de ti o mais rápido possível.

sábado, junho 09, 2012

guarda napo leão dependido

*


Virgílio é o anfitrião do inferno, certo?
E Dante viaja porque te ama ou porque precisa.
Ícaro voa, queima e morre, Dédalo voa, pousa e chora.
E a irmã bonita ou outra muito feia persiste,
persevera, percevejo.

a palavra omoplata do nome, o nome homônimo,
(que é 'noite', e a lua deve ser mingüante mesmo), a mais usada palavra
é 'problemático', guardanapo do leão dependido¹,
o preço do tempo usado, infinito e atrasado (eu juros que a mora adia),
da infância, brutocárdio vai intolerante, anda tolo, sempre foi,
medos maiores que imensos, imensos,

e a penetrância implosiva do que quer que seja teu
na cardiocracia brutal dos meus medos
(e dos teus dedos que me deixam gago)

nesses lençóis em que os defeitos não se escondem
rola uma cor verdadeira dos olhos, que é meio feia
rola um juízo moral silencioso que é implacável, irreversível e tempestuoso
que apesar de difuso, acerta empunhado, em estocada bonita, espartana, bem no nosso estômico
égua dá até uma liga torta no teu bucho

Já limpei o café que derramaste no nosso chão; borras confidenciais da sorte em meio-ciclo.
Fico feliz por ser assim, a oferenda de borra que fica pro santo, deixa pra cá;
O santo napoleão mimado: deixa a infância de legado. Fico feliz por ser assim.


¹: guarda o napoleão vencido.




*