Introdução à descrição de Magdavert
Não é possível racionalizar Magdavert. Ele existe pela mesma duração que todo o tempo, ele existe pela mesma extensão que todo o espaço. A imaginação me trouxe a escandalosa forma do fabuloso Magdavert: Apenas um aglomerado de consciência iridescente, estupenda em sua maligna sugestividade!
Era um Todo-em-Um e um Um-em-Todo de ilimitância de ser e si. Seu corpo de abrangência infinitante era, e, apesar de fazer parte do todo, era maior do que tudo. Não era meramente uma coisa dentro do espaço e tempo, das condições de continuidade e da continuidade de condições. Muito mais do que isso, era, aliada à máxima animante do verdadeiro único axioma. Era a essência do devir impetuoso, do ímpeto movimental que é a existência, inteiro e sem fronteiras, completo e afronteiriço. O supremo e absoluto movimento irrestrito que extrapola fantasia e matemáticas. Talvez fosse isso o que cultos secretos da Terra sussurravam; Sim, Magdavert! e que já foi divindade sob outros nomes; que crustáceos de Plutão e Yuggoth louvavam como o Ele-do-Além, e que os cérebros astrais da nebulae espiral conhecem por signos intraduzíveis!